domingo, 15 de enero de 2012

Occupy Wall Street - 2011: Un año en Revolución


por occupywallst.org

El 2011 será recordado como un año de revolución, el principio del fin de un insostenible sistema global basado en la pobreza, la opresión y la violencia. En docenas de paises a lo largo del mundo árabe, la gente se ha levantado contra economías manirrotas y regimenes opresivos, dictadores venidos a menos, inspirando al resto del mundo para entrar en acción. El rechazo popular de las medidas de austeridad y los ataques a los derechos de los trabajadores llevó a millones de personas a las calles de Grecia, Islandia, España, Portugal, Italia, Reino Unido, Chile, Wisconsin y cualquier otro lugar.

A mediados de verano, mumullos sobre "ocupar Wall Street" circulaban por internet, y el 14 de Julio registramos el dominio occupywallst.oorg y empezamos a organizarnos. La primera asamblea general tuvo lugar el 2 de agosto y la ocupación de Liberty Square empezó el 17 de septiembre.

Alimentados por la indignación contra las crecientes diferencias entre ricos y pobres, frustrados por las políticas del gobierno que benefician a una pequeña élite a expensas de la mayoría, y cansados de el fallo establecido a la hora de redirigir las desiguldades económicas fundamentales, OWS ofreció una nueva solución. Construimos "la Cocina del Pueblo" para dar de comer a miles de personas, abrimos "la Librería del Pueblo", creamos espacios más seguros, y proporcionamos techo, cama, cuidados médicos y cubrimos otras necesidades a cualquiera que las tuviese. Mientras las clinicas demandan que elijamos líderes y hagamos peticiones a los políticos, nosotros hemos estado ocupados creando alternativas a estas instituciones. Una revolución se ha puesto en marcha y no podemos pararla.

Mientras los medios de comunicación de masas nos han ignorado, hemos aprendido de otros movimientos horizontales en lugares como Túnez, Egipto e Iran a usar los redes sociales y los streamings para difundir nuestro mensaje. Somos parte de un movimiento global que ha democratizado radicalmente la creación y la difusión de la información, haciendo que los medios centralizados, fundados por compañías, se vuelvan cada vez más irrelevantes.

Hoy, cientos de miles de personas corrientes están poniendo en práctica ideales de solidaridad, ayuda mutua, antiopresión, autonomía y democracia directa en practica. Los individuos se están reuniendo en asambleas generales por ciudades y grupos autónomos por afinidad. A través de consenso, de un autogobierno participativo y no jerárquico, estamos, literalmente, desplagando la estructura del nuevo mundo para que sea construido aquí y ahora -- y funciona.

El resto es historia. En honor al nuevo año, aquí hay una lista de lo que hemos hecho hasta ahora. Sería imposible enunciar cada acción o mencionar cada lugar donde una ocupación ha tenido lugar. ¡Pero empecemos el nuevo año celebrando algunas de nuestras victorias señaladas - junto con un esbozo de lo que viene!

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sábado, 14 de enero de 2012

Ravi Shankar & Yehudi Menuhin



Encuentro de Oriente con Occidente.

Dos grandes maestros,
tocando juntos

Sitar

Violín



martes, 3 de enero de 2012

2012: año de resistencia y de resiliência


por Leonardo Boff

03/01/2012

Os cenários da situação da humanidade, especialmente nos países centrais, são perturbadores. As crises escondem grande padecimento humano, especialmente dos mais vulneráveis dos quais quase ninguém fala.

Face a esta situação devemos resistir e viver a resiliência, vale dizer, aquela atitude de enfrentar com destemor os problemas, dar a volta por cima e aprender dos revezes da vida, pessoal e coletiva. Isso se impõe se a crise geral atingir também nosso pais, o que não é impossível. O importante é não se resignar mas manter a vontade de mudar e crescer. Neste contexto, lembrei-me de um mito antigo da área mediterrânea da Europa por mim já referido em outros escritos.

De tempos em tempos, reza o mito, a águia, como a fênix egípcia, se renova totalmente. Ela voa cada vez mais alto até chegar próxima ao sol. Então as penas se incendeiam e ela toda começa a arder. Quando chega a este ponto, se precipita do céu e se lança qual flecha nas águas frias do lago. Através desta experiência de fogo e de água, a velha águia rejuvenesce totalmente. Volta a ter penas novas, garras afiadas, olhos penetrantes e o vigor da juventude. Seguramente este mito subjaz ao salmo 103 onde se diz:”O Senhor faz com que minha juventude se renove como uma águia”.

Fogo e água são opostos. Mas quando unidos, se fazem poderosos símbolos de transformação. Segundo a psicologia do profundo de C. G. Jung, o fogo simboliza o céu, a consciência e as dimensões masculinas no homem e na mulher. A água, ao contrário, a terra, o inconsciente e as dimensões femininas no homem e na mulher. Passar pelo fogo e pela água significa, portanto, integrar em si os opostos e crescer na identidade pessoal. Ninguém ao passar pelo fogo ou pela água permanece intocado. Ou sucumbe ou se transfigura, porque a água lava e o fogo purifica.

A água nos faz pensar também nas grandes enchentes que temos assistido, estarrecidos, em janeiro de 2011 nas cidades serranas do Estado do Rio, especificamente na minha na qual vivo, Petrópolis. Assistimos aqui a um verdadeiro tsunami que carregou tudo que estava pela frente, matando centenas de pessoas e deixando um sem número de desabrigados. São tragédias, evitáveis mas que acontecem e que devemos enfrentá-las com coragem. O fogo nos faz imaginar as fornalhas que queimam e acrisolam tudo o que não é essencial, deixando ouro ou o ferro puros. São as notórias crises existenciais. Ao fazermos esta travessia dolorosa e purificadora, deixamos aflorar o nosso eu profundo. Então amadurecemos para aquilo que é autenticamente humano. Quem recebe o batismo de fogo e de água rejuvenesce como a águia do mito antigo.

Mas indo diretamente ao assunto: que significa concretamente rejuvenescer como águia? Significa entregar à morte tudo aquilo que de velho existe em nós para que o novo possa irromper e ser integrado. O velho em nós são os hábitos e as atitudes que não nos engrandecem, como a falta de solidariedade para com os pobres, as palavras duras para com os familiares, a vontade de ter razão em tudo, o descuido para com o lixo, o desperdício da água e nossa surdez face ao que a natureza nos quer dizer. Tudo isso deve ser entregue à morte para podermos inaugurar uma forma sustentada de convivência entre os humanos e com os demais seres da criação. Numa palavra, significa morrer para ressuscitar.

Rejuvenescer como águia significa também desprender-se de coisas que um dia foram boas e de idéias que foram luminosas mas que lentamente se tornaram ultrapassadas e incapazes de inspirar o caminho da vida.

Rejuvenescer como águia significa ter coragem para recomeçar e estar sempre aberto a escutar, a aprender e a revisar. Em outras palavras, viver concretamente a resiliência. Não é isso que nos propomos cada ano?

Que o ano de 2012 que acaba de se inaugurar, seja oportunidade de perguntar o quanto de galinha existe em nós que não quer outra coisa senão ciscar o chão ou o quanto de águia ainda há em nós, disposta a rejuvenescer, a desenvolver resiliência e a confrontar-se corajosamente com os tropeços e as crises da vida.